sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Como não piratear e portanto não cometer crime e ainda ter dinheiro para o software e a cerveja

Piratear é crime e está descrito em lei. Mas o que fazer se os programas [softwares] são caros? . Existem soluções já desenvolvidas e uma delas é o uso de software livre, tema do qual o Brasil é um dos líderes mundiais na aplicação e desenvolvimento, e na qual parte do programa de inclusão digital está apoiado.
Mas o que é Software Livre?

>> Segundo a definição criada pela Free Software Foundation é qualquer programa de computador que pode ser usado, copiado, estudado e redistribuído com algumas restrições. A liberdade de tais diretrizes é central ao conceito, o qual se opõe ao conceito de software proprietário, mas não ao software que é vendido almejando lucro (software comercial). A maneira usual de distribuição de software livre é anexar a este uma licença de software livre, e tornar o código fonte do programa disponível.
Softwares_Livres Notáveis: clique para saber mais.

A descrição pode não ser muito esclarecedora para os menos íntimos dos termos informáticos, mas entendemos facilmente que é algo pelo qual podemos usar sem pagar, ou pagando pouco ou de outras formas indiretas.

Para falar sobre o tema postamos a entrevista de um dos maiores nomes da Informática de todos os tempos: Jon "MadDog" Hall, presidente da Linus. A entrevista aconteceu no Roda Viva, programa da Tv Cultura. O apelido vem da juventude dos seus 27 anos, agora Jon Maddog Hall tem 59 anos, e há 40 anos trabalha com software livre. Na entrevista ele critica a pirataria porque entende que ela impede o desenvolvimento dos softwares e diz não ser contra as empresas que vendem softwares, mas diz que o Linus [seu sistema de software livre, sem custo para o usuário e disponível na internet] é uma opção para a não pirataria. E para quem acha que essa seria a única opção, ele cita várias outras e cita ainda que o software livre está em toda parte da rede como DNS, os servidores, o Google, etc. E ainda cita outros sistemas fáceis como o OS - é o sistema usado nos computadores da Apple, os Macs e são residentes nessas máquinas, ou seja, você não precisa comprar o sistema operacional e nem o pacote básico de programas para uso geral porque eles fazem parte do computador, além disso, o usuário Mac recebe via rede diaria, automática e gratuitamente as atualizações desses softwares.
O entrevistado não critica diretamente essa ou aquela empresa de software mas defende que se pense, se análise as opções existentes, e quando perguntado porque o sistema operacional com software livre não é largamente adotado, a resposta é simples: inércia.
Por tudo isso, vale a pena ver a entrevista. Abaixo está a primeira de onze partes.



A questão a cerca da pirataria na internet ainda tem muito o que se discutir, mas ninguém quer estar contra a lei que a sociedade adotou, exceto se essa lei não estiver adequada ao contexto histórico e geográfico que o individuo está submetido. Exigir que cada usuário de computadores hoje utilize apenas software original e não pirateado pode parecer um exagero. Mas por que seria um exagero se uma equipe se deu ao trabalho de desenvolver, pensar um produto, e portanto, merece receber o pagamento pelos seus serviços. O mesmo acontecerá com o músico, com o fotografo, com o cineasta, com o videomaker, com o artista plástico e gráfico, com o escritor, com o blogueiro, com toda forma de criação realizada pelo gênio ou pela mediocridade humana. Não importa, ela terá crédito e mérito. E não deverá ser tomada por outros, exceto que o autor, criador, tenha licenciado, autorizado, disponibilizado gratuitamente ou através de algum tipo de pagamento. E o crédito da autoria, em nenhuma circustância, com ou sem custo de uso, deve ser omitido ou, muito menos, substituido - assim preve a legislação e a constituição brasileira. Autoria não se compra nem se vende.
Então, o que fazer? Pensar, pesquisar opções. A internet tem várias, como pudemos ver na questão dos softwares livres.
O mesmo se dará com músicas e filmes que possuem soluções como a Apple Store que vende música a 1 dolar ou até menos se for o pacote. Além de vários outros serviços que disponibilizam gratuitamente uma infinidade de produtos e ferramentas de informática. Talvez essa seja a possibilidade mais interessante e construtiva para fazer a industria entender que precisa reduzir os preços de seus produtos para que o maior número de pessoas possam ser incluidas na rede mundial de computadores, e assim, façamos verdadeiramente uma rede social humana planetária.

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